Os moscas voltam a se enfrentar em janeiro e o brasileiro diz que não quer deixar a decisão para os juízes. O linebacker diz que o embate com o mexicano é pessoal
Depois de três lutas dentro do octógono (e algumas fora), Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno se reencontram no dia 21 de janeiro, no UFC 283, no Rio de Janeiro, para unificar os títulos dos moscas (até 57kg). A retrospectiva está tão distante das vitórias do empate para ambos os lados. Para resolver a disputa, o brasileiro, que detém o cinturão linear da categoria, quer tirar a divisão para não deixar espaço para o mexicano vencer, acreditando que o rival está protegido pelo Ultimate.
“É uma luta que sempre vou tentar finalizar, vou tentar nocauteá-lo. Eu quero estar nessa luta mais do que estava na última. Não quero deixar isso para os árbitros porque sei que o UFC é muito protetor com o cara. Quero nocautear para não ter dúvidas.” Disse em entrevista ao Portal Combate.
Os lutadores se enfrentaram na última quarta-feira
Na última quarta-feira, Deiveson e Moreno se enfrentaram no Rio de Janeiro em coletiva de imprensa para dar início ao UFC 283. O brasileiro provocou o rival o tempo todo com insultos e promessas de mandá-lo de volta ao México. Segundo ele, o discurso também é uma tentativa de vender mais a luta, mas também é um assunto pessoal dele.
“Existe uma questão pessoal e existe a venda de uma luta. Estamos aqui para vender a luta e estamos aqui por motivos pessoais. Esta é a quarta vez que enfrento este homem. Não gosto do cara, não gosto dele, vou ser bem sincero. É uma pedra no meu sapato. Tenho certeza que vamos resolver todas as “besteiras” entre nós agora. Isso é besteira, vamos fazer história com esse cara. Vamos lutar pela quarta vez e é sempre assim. Nós combatemos a “conversa fiada” lá e trabalhamos psicologicamente. Ele me repreende, eu o repreendo. Eu o amaldiçoo mais do que ele me amaldiçoou e sempre o amaldiçoará. É uma luta, uma construção de filme. Vamos vencer esta partida e torná-la uma das melhores partidas do ano, senão a melhor partida do ano.” Concluiu o lutador.
Em junho do ano passado, o então treinador Brandon Moreno, também lutador do UFC Marcelo Rojo, fez comentários racistas ao mudar o rosto de Deiveson para um macaco em uma coletiva de imprensa. Apesar do mexicano não trabalhar mais com o argentino, o lutador defendeu o então companheiro, que não agradou a Daico.
“As coisas que ele disse sobre mim (me fazem não gostar dele). O que um dos treinadores fez comigo. Eu não gosto desse cara. Hoje vejo que ele não colabora mais com seu treinador, mas me desqualificou humanamente. Não o estou desqualificando, mas também não gosto dele. Tudo que eu tiver que lidar com ele será dentro do octógono.” Disse.
Se Moreno vencer, Deiveson quer repetir a comemoração histórica de José Aldo no Rio de Janeiro, quando o lutador nocauteou Chad Mendes e pulou a grade do octógono para comemorar com a torcida. O brasileiro ainda quer aproveitar a luta na Cidade Maravilhosa e tirar alguns dias de folga.
Homenagem a José Aldo
“José Aldo é incrível. Quero até prestar uma homenagem a ele no dia do evento. É sempre a mesma energia. Eu sei que o brasileiro, principalmente aqui no Rio, gosta de lutar. Vou com muita energia e quero sair com a vitória para poder comemorar no Rio. Quero ficar mais uma semana depois da luta, conhecer o Rio, a cidade é linda. Moro em Belém, não conheço muito o Rio. Já lutei aqui uma vez, vou lutar uma segunda vez e vou pedir para ficar mais uma semana aqui para conhecer o Rio de Janeiro, para conhecer os cariocas. As pessoas aqui são incríveis, tenho amigos aqui e quero mais.” Comentou.
Outra expectativa que Deiveson Figueiredo carrega para o confronto com Brandon Moreno é se firmar como ídolo brasileiro. Ele acredita que está mudando a imagem que construiu no passado e que uma vitória no Rio de Janeiro consolida sua popularidade.